A taxa de divórcio em 2007, quando se completou 30 anos da instituição do divórcio no Brasil, atingiu o pico da série iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1984 e chegou a 1,49 por mil (1,49 divórcios por cada mil habitantes), crescimento de 200% em relação a 1984, quando era de 0,46 por mil. Em números absolutos os divórcios concedidos passaram de 30.847, em 1984, para 179.342 em 2007. Os dados foram apresentados hoje na pesquisa Estatísticas do Registro Civil. Em contrapartida, o número de casamentos realizados no País vem crescendo desde 2003.
Segundo os técnicos do IBGE, a elevação das taxas de divórcio revela uma gradual mudança de comportamento da sociedade brasileira, que passou a aceitar o divórcio com maior naturalidade e a acessar os serviços de Justiça de modo a formalizar as dissoluções.
No que diz respeito à natureza das separações realizadas no Brasil, em 2007 a maior parte delas (75,9%) foi consensual, enquanto as separações não consensuais foram 24,1% do total. A pesquisa ressalta, nas estatísticas sobre divórcios, a "hegemonia das mulheres" na guarda dos filhos menores. No ano passado, em 89,1% dos divórcios, a responsabilidade pela guarda dos filhos menores foi concedida às mulheres.
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