quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Sono ruim pode se tornar fator de obesidade

A relação entre a obesidade e distúrbios de sono foi um dos temas principais no 9º Congresso Brasileiro de Sono, afirma Sérgio Barros, que presidiu o encontro.

Segundo Francisco Hora Fontes, coordenador do Laboratório do Sono da Beneficência Portuguesa de Salvador, o sobrepeso (IMC a partir de 30) e a obesidade mórbida (IMC acima de 40) trazem maior risco de apnéia do sono --redução da da respiração enquanto a pessoa dorme. A gordura atrapalha a passagem do ar pelas vias aéreas superiores.

O IMC é o Índice de Massa Corpórea (peso dividido pela altura ao quadrado).

Mais de 50% dos obesos mórbidos têm apnéia, que causa sucessivos despertares e pode levar à morte.

Pessoas que têm uma distribuição de gordura andróide (corpo em formato de maçã), com circunferência do pescoço acima de 43 centímetros, têm maior risco de ter o problema, diz. Homens têm mais esse padrão.
Mulheres podem adquiri-lo após a menopausa.

Na direção inversa, o sono ruim também pode favorecer a obesidade.

Obesos com problemas para dormir têm menos energia para fazer exercícios físicos.

Distúrbios respiratórios do sono também têm relação com doenças cardiovasculares, como a hipertensão, pois levariam a danos nas artérias. "Aumenta o risco de infarto e morte súbita", afirma Fontes.

Segundo a cardiologista Fátima Cintra, da Unifesp, o distúrbio respiratório do sono leva o corpo a ficar sob efeito constante do estresse, o que causa os prejuízos no coração.

Folha de S.Paulo

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Publicado por: Dra. Shirley de Campos

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