terça-feira, 15 de abril de 2008

Qual a melhor forma de terminar uma relação amorosa?

Os motivos que levam a uma ruptura podem ser muito variados, mas está claro que a melhor solução para uma relação que está no fim é não atrasar o momento de encerrá-la. Prolongar a situação pode chegar a torná-la insustentável e causar o dobro de dor para o casal.

Antes de uma ruptura é importante levantar quais são os verdadeiros motivos que levaram o casal a tomar uma decisão tão importante. Ter as idéias claras é um grande passo para enfrentar um momento tão difícil. A segurança da decisão dará forças aos dois para dar o passo definitivo, e a outra pessoa entenderá que se trata de uma decisão meditada e não um impulso momentâneo fruto da falta de reflexão. Com a mente organizada, é o momento de um ou outro falar sobre a separação.

O ideal é evitar estereótipos.

"Temos que conversar", "acho que você merece alguém melhor do que eu" e "gosto de você como amigo" são as frases que as pessoas mais costumam usar para terminar uma relação amorosa. Embora com essas frases mil vezes ouvidas só pretendamos atenuar a dor da outra pessoa, o fato de serem palavras típicas pode ter um efeito contrário, soar como uma desculpa ou mentira.

Por mais cruel que pareça, a sinceridade é a melhor via para enfrentar uma conversa desta dimensão. O companheiro vai agradecer com o tempo e ajudará a entender o porquê do fracasso sentimental. Uma ruptura sempre é difícil tanto para quem decide pelo fim do relacionamento quanto para quem recebe a notícia, por isso é preferível deixar a relação de maneira amistosa. Mas não se engane, continuar amigos imediatamente após o fim do romance é complicado.

O tempo e a distância, pelo menos no começo, pode ser o melhor remédio para acalmar a desilusão. Além disso, isto ajudará a quebrar a dependência que uma relação estável gera em relação à outra pessoa. Ser realista, sincero e forte, tendo as idéias claras será seu melhor discurso para dar o salto definitivo para uma nova etapa.


A vida depois da ruptura.

Uma vez consumado o distanciamento, a tristeza e às vezes a obsessão pelo futuro se tornam constantes no dia a dia. É normal sentir pena e nostalgia por causa dos tempos passados junto com o ex-companheiro e não se deve tentar esconder estes sentimentos, ao contrário, é melhor chorar todas as vezes que for necessário e desabafar com as pessoas mais próximas.

Este é um processo lógico, a primeira etapa que se atravessa após uma ruptura e uma boa forma de eliminar o resto da dor e da amargura que um adeus indesejado deixa. Após esta fase inicial virá a etapa do renascimento. Geralmente muda-se de atitude, de aparência, sair, voltar a estar com as pessoas e se costuma iniciar um período de desenfreamento e dispersão. Saímos mais, voltamos a conhecer pessoas, a ter pequenas aventuras e a nos entusiasmar com novos planos e projetos.

Pouco a pouco, o ressentimento vai abrindo espaço a novas expectativas, a ambições renovadas e a outras relações, tanto para quem deixa a relação como para quem foi deixado. É o momento de uma ruptura superada!
Nas separações, como nos demais aspectos da vida, o fundamental é ter segurança nas convicções e no valor próprio para enfrentar os momentos difíceis. Não entrar em uma depressão inútil e nem deixar ser levado eternamente pelo fracasso. Com o tempo tudo se supera. A vida é uma sucessão de períodos que é preciso abrir e fechar, e fazer isso no momento certo ajuda a ter uma existência mais feliz.


Por Patrícia Herencias.

EFE-REPORTAGENS

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